Por que devemos acreditar na Musicoterapia?

Oi pessoal, tudo bem? No mês passado vim por aqui contar um pouco sobre a origem da Musicoterapia, contei os caminhos e o percurso para se chegar a profissão.  Hoje como combinamos, vou falar sobre os benefícios que ela pode trazer. Por que devemos acreditar na Musicoterapia?

De maneira muito simples vamos pensar juntos no quanto a música em si nos causam sensações. Ao longo da nossa vida nós consumimos muitas músicas, desde a infância, ouvindo nossos pais, avós e professores.

Costa, 2010 nos lembra que as experiências sonoras são muito precoces, pois a partir dos 5 meses de vida intrauterina já somos capazes de receber estímulos sonoros, já que o aparelho auditivo está desenvolvido. Estes estímulos são os batimentos cardíacos da mãe, sons respiratórios, entre outros. Ao nascer já temos uma percepção de som.

 

Quando estamos maiores temos nossas escolhas, nosso repertório pessoal. Preferências exóticas e gostos que jamais podem ser discutidos, afinal cada ser é único, cada playlist também. Não existe o que é bom ou ruim, existe o que cada um deseja ouvir. Mas porque estou falando de repertório? O que isso tem a ver? Calma que vocês já vão entender.

 

Conforme vamos vivenciando as experiências do dia a dia, algumas músicas se tornam marcantes mais que as outras por estarem presentes em alguns momentos ou por despertarem sentimentos e lembranças. Tem música que nos lembra um amor, uma saudade, uma decepção, ou somente tem aquelas que não fazem lembrar nada, mas nos causam bem-estar e prazer. Estou querendo mostrar para vocês o quanto a música mexe. Ela nos arrepia e por muitas vezes nos faz chegar a um lugar diferente, quem aí já assistiu ao filme Soul da Disney Pixar?

 

De forma bem resumida, até porque não quero dar spoiler, o filme conta sobre a vida de um músico que sonha em ser reconhecido, até que finalmente ele tem uma chance de brilhar e acaba sofrendo um acidente. Através dessa animação genial que eu não poupo elogios (até porque sou fã da Disney), encontramos vários momentos onde pessoas que tocam algum instrumento ou meditam, entram em um ambiente diferente, dando-nos a impressão de estarem em outro plano. Uso esse exemplo fictício para ilustrar esse “ambiente” na qual chegamos quando estamos sendo expostos às nossas preferências musicais. Não é todo mundo que chega nesse “ambiente”, o que eu escrevo não é para generalizar, mas agora você sabe que o simples fato de ouvir uma música, pode te causar sensações que não são tão simples assim. Saibamos respeitar esses sentimentos, pois eles dizem muito sobre você e podem te ajudar a aceitar e entender algumas situações.

Toda essa parte de repertório é apenas um start para fazermos uma ligação entre os elementos que existem na música (ritmo, melodia e harmonia) junto a um musicoterapeuta qualificado.  O musicoterapeuta dentro de sua formação tem contato com técnicas específicas da Musicoterapia para proporcionar a um indivíduo benefícios e também utiliza o repertório individual como parte do processo. Daí a importância mais uma vez sobre realizar Musicoterapia apenas com musicoterapeuta. Ouvir música e se sentir bem, não é Musicoterapia, os exemplos que foram citados são apenas para que possamos compreender que junto com o poder da música existe um profissional que irá mediar e intervir de maneira ética e científica. Então vamos a alguns benefícios da Musicoterapia:

– Desenvolve e estimula as habilidades sensório-motoras.
– Estimula a memória.
– Abre canais de comunicação.
– Contribui no alívio da dor.
– Controle na pressão arterial.
– Estimula a concentração.
-Estimula a atenção.
-Melhora a qualidade de vida.

Espero que tenham gostado da leitura, nos vemos em breve para falar ainda mais dessa área que eu amo. Um abraço apertado e muita música para vocês.

REFERÊNCIAS

COSTA, Clarice Moura. Música e Psicose. Rio de Janeiro: Enelivros, 2010.

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