Homenagem ao Pastor Luiz Zitti

 Homenagem ao Pastor Luiz Zitti

“Quem nos separara do amor de Cristo? A tribulação ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou” Rm 8:35-37″

O que dizer de um homem que me deu o maior dos presentes que um ser humano pode receber? Apresentou-me a Jesus, o Cristo, tirou-me de um lago horrível de um charco de lodo, firmou os meus passos. Pôs um novo cântico em minha boca, um hino de louvor a nosso Deus! Hoje, sou nova criatura em Cristo. Vivo na luz, na proteção do Pai, e tenho o privilégio de servir ao Rei dos reis. Este homem foi o instrumento usado por Deus, o vaso de honra, o carvalho de justiça, que iniciou em minha vida o processo de libertação das trevas em que vivia, ou melhor vagava.

Quando o vi pela primeira vez, percebi em seu olhar algo diferente. Um homem cheio do Espírito Santo! Tinha amor genuíno pelas ovelhas. Olhou-me sem preconceitos, sem barreiras culturais ou sociais, apenas me amou como Cristo nos ama. Depois daquele dia maravilhoso de libertação de conversão, perdemos o contato. Anos se passaram, e nos reencontramos, conversamos pelo telefone de forma animada! Relembramos aquele dia glorioso, e com ansiedade marcamos um dia para nossa visita. Revê-lo foi algo que não há palavras em meu parco vocabulário que possa expressar tamanha alegria. Ele estava em pé! Com lutas, claro, mas estava firme, e seu coração abrigava a chama da fé.

Foram momentos que jamais vou esquecer. Momentos de perdão, de cura, de restauração, de amizade… Tive a honra de conhecer sua família, e pude ver como ele sempre foi amado por aqueles que o cercavam. Na celebração que fizemos a Deus pelos meus 33 anos, ele estava presente em minha casa, no Vale da Bênção.

Na manhã do dia seguinte, oramos juntos, e Deus nos ministrou com muito amor. Ele me disse algo que está impregnado em minha mente e coração, e que uso até nos dias de hoje: “Daniel, conserve sempre seu coração humilde, pois a humildade precede a honra, e o orgulho a queda. Nunca deixe de vigiar. Os sacerdotes quando entravam no Santo dos santos, usavam cuecas de linho, pois nem mesmo transpirar podiam na presença de Deus. O trabalho é de Deus, você é só o instrumento. Não faça esforço algum seu na carne para produzir frutos. Somente o Espírito Santo que faz a Obra! Lembre-se disso, filho, leve sempre em sua bagagem “cuecas de linho”!

Estas palavras têm norteado minha conduta por estes anos. Lembro-me do dia em que ele me ligou entusiasmado contando-me que estava fazendo pão de mel e, melhor ainda, tinha conseguido vários pontos de venda de seu produto – Néctar, o pão da vida! (Receita em nosso livro “Catedral das Sombras”).

Era uma receita antiga, de sua avó – se não me falha a memória – onde tudo era feito com excelência. Dos ingredientes ao preparo. Na embalagem tinha um versículo Bíblico. Tentamos muitas vezes agendar um dia para aprender a famosa receita. Não deu certo…

Haveriam muitas histórias para narrar aqui, a respeito deste irmão amado, porém agora, é tempo de despedir, de homenagear aquele que tanto plantou no Reino de Deus. Jesus o chamou para ficar ao seu lado.

Certamente o Pai estava com muitas saudades de seu filho amado, e o queria logo a sua volta. Agora, nosso amigo e irmão, está nos céus, um lugar sem dor, sem sofrimento, um lugar de alegria, de felicidade, de amor. Um lugar com Jesus, com os anjos, com os que já partiram selados pelo Espírito Santo, um lugar de paz! O céu ganha mais um filho, e a terra perde um valente homem de Deus.

Fica a saudade e a certeza de que nos reencontraremos na Glória e teremos toda a eternidade para compartilhar da grandeza de nosso Deus.

Em Cristo.

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