Educação Musical X Musicoterapia

Oi pessoal, tudo bem?

Cada vez que apareço por aqui é para expandir ainda mais a Musicoterapia como profissão e como forma de terapia. A origem e os benefícios foram pautas nas quais já foram exploradas, então seguindo uma “ordem” hoje resolvi falar para vocês sobre a diferença de musicoterapia e educação musical.

Quando falamos sobre a história da Musicoterapia, deixamos claro que a música já estava presente na vida humana por muito tempo. Seguindo este mesmo panorama entendemos que a música como educação percorre também um caminho de história e reconhecimento.

A aprendizagem musical inicialmente era controlada pela Igreja, aliás a música era uma forma de angariar fiéis. Não é à toa que no século XI o monge italiano Guido D’Arezzo criou o sistema de nomeação de notas musicais baseado no hino a São João Batista, afim de facilitar o ensino de cantores e músicos.

Mais tarde no século XVI na Itália, muito orfanatos começaram a adotar a música para contribuir na formação humana e também na intenção de formar músicos para as igrejas. Somente no século XVIII é que surgiram as primeiras tentativas de acrescentar a música no método educacional. Na virada do século XVIII e XIX foram surgindo as escolas e conservatórios profissionalizantes.


Essa maneira de ensino na qual não vamos nos aprofundar sobre as metodologias é a chamada Educação Musical. Através desse processo somos ensinados a tocar algum instrumento, ensinados a cantar, musicalizar e nos tornarmos sensíveis a música.

 

O fato de que a Musicoterapia também utiliza instrumentos e o canto em sua prática, faz com que as áreas sejam confundidas e muitas vezes pessoas sem formação necessária ludibriem o verdadeiro conceito, mas não se esqueça, a Musicoterapia tem por objetivo principal “tratar, promover ou prevenir” questões relacionadas à saúde, são objetivos terapêuticos. Não podemos negar também que existam pessoas que possuem um certo pré-julgamento de que tudo que se acrescente terapia é voltado para quem tem algum problema, preferindo dizer que “vão a aula de música”, do que “ vão as sessões de musicoterapia”. De certa forma a palavra terapia refere-se sim ao tratamento de alguma doença física ou psíquica, mas existe também a terapia como forma de prevenção.

Bom, mas você pode se perguntar: Por que o professor de música do meu filho disse que as aulas são terapêuticas? Ele está mentindo? Veja bem, já foi dito em outras publicações o quanto a música por si só nos traz benefícios, se aquela aula de piano, violão ou saxofone, te traz prazer, te deixa em paz e tranquilo, isso acontece pois é um efeito natural de atividades que nos fazem bem, é uma sensação de bem-estar diante de algo que nós gostamos. É “terapêutico”, mas não é Musicoterapia.

Conseguiram definir as diferenças? Aqui não é uma publicação para dizer o que é melhor ou não, por aqui só precisamos entender que cada área tem a sua qualificação, sua responsabilidade, respeito e oportunidades, pois aqui por exemplo quem vos escreve atende como musicoterapeuta e também ensina como educadora, sendo ambas oferecidas pela qualificação que conquistei. Um beijo, abraços e muita música para vocês.

REFERÊNCIAS

Disponível em: https://super.abril.com.br/cultura/como-surgiram-os-nomes-das notas-musicais.. Acesso em:06/03/2022

Disponível em: https://stringfixer.com/pt/Guido_d’Arezzo . Acesso em: 06/03/2022

GAINZA, Violeta Hemsy de. Estudos de psicopedagogia musical. São Paulo: Summus, 1988.

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