Conhecereis a Verdade
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8:32
Jesus veio nos apresentar uma verdade sublime, que nos liberta do cativeiro da mentira. A mentira aprisiona, faz sofrer, gera peso, culpa dor… Já a verdade é o antídoto que nos cura e liberta!
“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis salvos.” João 8:36
Jesus é o único caminho que nos conduz a verdade. E esta nos proporciona a vida. Uma vida em abundância, plena!
Porém, a verdade nem sempre é aceita, especialmente em um mundo aculturado com a mentira…
“Mas, porque vos digo a verdade não me credes.” João 8:45
Para sermos libertos deste cativeiro é necessário ousar… Sair da caixa!
Nossas escolhas irão definir nossas colheitas.
Como ensinar a verdade em meio a tantas mentiras…???
Este tem sido nosso maior desafio. Fazer um nó é simples e rápido. Tirar os nós, as amarras que tem aprisionado vidas é tarefa complexa.
Sei que, há quem muito é dado, também muito é cobrado. Sei da responsabilidade que tenho em ensinar a vocês o Caminho da verdade. Pois, sou um alvo do adversário. O maior triunfo seria me derrubar a fim de me erguer como um troféu. Por isso, procuro aplicar em minha vida o preceito majoritário ensinado pelo Mestre. Vigiar e orar sem cessar. O que está em pé que vigie para que não caia. Se meu discurso foi incompatível com minhas ações serei um alvo fácil.
Também é importante pontuar que diante desta “máfia gospel” que tem se emoldurado em nosso século, e abarcado multidões de perdidos, conduzindo-os a vales de sofrimento… Entregar a chave da liberdade aos cativos tem despertado a ira deste sistema corrompido, contra nossas vidas. Felizmente, sei que não sou o único a lutar por estes valores.
Entregar mensagem pura, sem estar deformada com doutrinas humanas, nem contaminada com doutrinas de demônios, nem sempre será bem recebida. Foi assim com Jesus! Não somos maiores que o Mestre. Se a Ele se reportaram como tendo parte com Belzebu, quando mais a nós, seus servos?
“… Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?” Mt 10:25
As lutas de Cristo não eram contra os profetas de BAAL, mas contra os Fariseus… Os líderes religiosos de seu tempo. Nossas lutas tem tido estes mesmos contornos.
Jesus transmitiu muitos ensinamentos ao povo. Contudo, a estes Ele falava por parábolas, pois nem todos o entendiam. Já aos seus Apóstolos, o conhecimento era passado de forma mais densa.
“O que eu vos digo em trevas dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os telhados.” Mateus 10:27
Que ensinamentos foram estes?
Nem tudo sobre Jesus foi narrado nos evangelhos…
“Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem.” João 21:25
Então, podemos inferir que, muitos dos ensinamentos que foram retidos pelos Apóstolos seriam refletidos em suas palavras e atitudes.
Que atitude foi tomada pelos Apóstolos a fim de substituir Judas?
Pedro esta discursando para o grupo presente. Em suas palavras (reflexo de seus ensinamentos) esta a prerrogativa para ser chamado de Apóstolo.
“É necessário, pois, que dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou a saiu de nós. Começando desde o batismo de João até o dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles faça conosco testemunha da ressurreição.” Atos 1:21-22
Portanto era necessário que, para ser Apóstolo, fosse testemunha ocular da ressurreição de Cristo. Jesus tinha 12 Apóstolos e 70 discípulos. Estes 70 foram enviados a fim de expandirem a mensagem do Reino. (Lucas cap 10) Quando retornam de sua missão o relatório é tremendo! Demônios foram subjugados, vidas foram restauradas!
Então, é possível conjecturar que os dois que foram selecionados pelos Apóstolos a fim de substituir Judas fossem destes 70. Afinal, foram eles testemunhas oculares também da ressurreição. Interessante salientar que apenas dois foram escolhidos… Não foram os 70! Barrabás e Matias.
Matias é escolhido. Porém, não se ouve mais falar em Matias depois disso…
Filipe era um destes 70 também. Diante da perseguição que surgira na Igreja em Jerusalém onde Paulo também participava, antes de sua conversão. Os Apóstolos permaneceram na cidade.
“….todos foram dispersos pelas terras da Judéia e Samaria, exceto os Apóstolos.” Atos 8:1
Filipe estava em Samaria pregando o evangelho.
Todos ouviam a Filipe.
“E as multidões unanimemente prestavam atenção no que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; pois que espíritos imundos saiam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.” Atos 8:6-7
Notem que Filipe pregava o evangelho, curava enfermos e expulsava demônios. Desempenhada a mesma função que os Apóstolos, embora não usasse o título de Apóstolo. Por quê? Porque ele não era apóstolo! E sim, um discípulo.
Jesus escolheu os 12! Que seria parte dos fundamentos da Igreja.
“E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.” Ap. 21:14
Talvez o texto de Ex 15:27 possa estar relacionado aos doze apóstolos e aos setenta discípulos…(Há interpretações teológicas que consideram isso, contudo, não é o mais importante a ressaltar)
“Então vieram a Elim, e havia ali doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali se acamparam junto às águas.”
Fato é que Jesus escolheu apenas 12. Com um propósito específico para aquele tempo. Paulo, será o substituto de Judas.
Pois, é o último a ver Jesus ressurreto. Condição para ser um apóstolo.
“Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos. E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um abortivo. Porque eu sou o menor dos apóstolos…” I Cor 15:7-9
Paulo era homem culto e logo aprendeu os preceitos que ensinaria a Igreja, sendo um de seus mais fervorosos colaboradores.
Usando desta mesma lógica, vemos Paulo exortando contra falsos apóstolos, já naquele tempo!
“Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.” II Cor 11:13
Como Paulo estaria definindo os falsos? Por premissas básicas: se não foram testemunhas oculares da ressurreição de Cristo; se não foram comissionados pelo próprio Jesus; se não faziam parte dos doze; se não praticavam a doutrina dos apóstolos.
Que doutrina era essa?
“E perseveraram na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” Atos 2:42
Orar juntos, partilhar, orar… Sem vaidade… Sem soberba… Sem ganância…
Apenas a graça…
“E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.” Atos 4:33
Porém, os falsos sempre existiram e sempre existirão.
“… puseste a prova os que se dizem ser apóstolos, e não o são, e tu os achaste mentirosos.” Ap 2:2
Lucas…
Médico, culto, acompanhou Paulo em muitas de suas viagens missionárias. Viu a Igreja sendo formada. Escreveu o livro de Atos e o evangelho de Lucas. Porém, Lucas jamais se auto proclamou apóstolo.
Por quê? Porque não foi testemunha ocular da ressurreição. Ele sabia disso.
E, assim a Igreja passou por quase 2.000 anos sem novos apóstolos…
Até que…
Surge uma nova onda “profética”…
Mapeamento espiritual, liberação de destinos, maldições hereditárias, atos proféticos, quebra de maldições, desligamento de almas, mover apostólico, unção apostólica, alinhamento apostólico, igrejas apostólicas, vendas de diplomas e certificados de liderança… Criando até títulos estranhos, como o de “Doutor em Divindade”! Corrupção, política nos Altares, teologias de prosperidade, etc.
Tudo com o objetivo de promover o avivamento mundial, conquistar cidades, restaurar Nações…
O resultado: nenhum…
Pois, no fim dos tempos Jesus já havia dito que o amor de quase rodos se esfriaria… E muitos falsos profetas surgiriam. E o povo correria atrás das fábulas…
“E desviarão os ouvidos da verdade, voltando-se as fábulas.” II Tm 4:4
Sei que há entre nós diferenças. E estas devem ser respeitadas, desde que não firam nossa igualdade em Cristo.
Há quem julgue pecado mulher usar calça comprida. Há quem tenha posição escatológica diferente… Isso não vai contra os mandamentos majoritários da Palavra.
Batismo, Ceia, amar a Deus e ao próximo, são valores inegociáveis.
Jesus não tolerou o comércio no Templo. Expulsou os mercadores.
Jesus não foi conivente com a hipocrisia dos Fariseus.
Não podemos dar aquiescência ao erro doloso.
Nisso devemos apresentar sempre a verdade. Mesmo que ao professá-la pareça loucura.
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tenho comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências.” II Tm 4:3
Em suma, muitos vão procurar ouvir o que querem e não o que Deus quer te dizer. E muitos te dirão o que você quer ouvir para mantê-lo no cativeiro, negando o que Deus quer que seja dito.
Os títulos que hoje muitos tem se proclamado, tem como objetivo afagar egos, enaltecer a vaidade, estimular a ganância.
Destaco que, muitos estão servindo a este sistema contaminado, sem perceber. Aprenderam o modelo errado, e o repassam. Sem dolo. Pois, foram enganados, acreditando na mentira como sendo verdade. A estes Deus tem misericórdia, pois lhes falta o discernimento. Já os que, maliciosamente, enganam ao povo de Deus, fazem o rebanho errar o caminho… A estes, está reservado o juízo de Deus. Maldito aquele que fizer o cego errar o caminho…
“Pois transformaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador…” Rm 1:25
A Maldição Hereditária é um exemplo clássico, e faz parte da cultura da “Indústria do medo” que tem saqueado o rebanho.
Qual o texto base de sustentação desta doutrina?
Ex 20:5 “… visito a iniqüidade dos pais nos filho até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.”
Porém o texto segue…
“Faço misericórdia a milhares que me amam e guardam meus mandamentos.” VS 6.
Se montarmos uma equação, onde a vontade de Deus te “amaldiçoar” é 4 – patamar máximo do alcance da maldição em gerações. E a vontade de Deus de abençoar sendo 1.000 – dos que fazem a vontade Dele…
Então teremos como vontade de Deus amaldiçoar de 0,4%.
E a vontade de Deus abençoar 99,6%…
Porém, retemos 0,4%. Por quê? Porque dá lucro ao sistema!
A doença dá lucro à indústria farmacêutica.
A crença na maldição hereditária dá lucro ao sistema corrompido.
Ponha a prova esta doutrina: Josué não colheu maldição, mas benção.
Já os filhos do profeta Samuel não herdaram bênçãos…
O que ocorreu? Suas escolhas determinam suas colheitas.
Dt 30:15-20 – Está diante de você e de mim. A vida e morte; benção e maldição.
Leia também Ezequiel 18:18-20 – O filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai a do filho…
Como as vidas se libertavam há 20 anos, onde esta doutrina ainda não existia? Jesus não podia libertá-los?
Como Jesus libertou a mulher adúltera? (João cap 8)
Não houve rituais… Apenas o amor… “Vá e não peques mais”
O modelo de libertação ritual funciona, pois entra na multiforme graça de Deus. Porém, não se pode fazer de uma experiência pessoal, doutrina. Não se pode usar o Rhema como regra!
Hoje, muitos estão feridos em nome de Deus… Há uma nova “Inquisição” em nosso meio… Precisamos de outra Reforma!
O rebanho não estava assim na época de Cristo?
“E vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não tem pastor.” Mt 9:36
Quem era responsável pela vida espiritual daquele povo, na época de Jesus? Os Fariseus! Mas, como condutores cegos, hipócritas, víboras, poderiam dar acalento ao povo ferido e disperso?
Deus não contempla títulos; Ele olha o coração!
Não busque título; Busque Jesus!
Não busque coisas; Busque o Reino!
Não busque o poder; Busque o amor…
Seja você uma referência positiva!
Faça a diferença!
Ouse caminhar na terra como um cidadão dos céus!
Conto com suas preces e apoio…
Seja um mantenedor deste ministério. Faça parte deste pelotão.
Há uma geração João Batista gritando nos Desertos… Preparando a volta de Cristo… Santificando a Noiva…
Vamos juntos, anunciar o Evangelho simples, puro e extremamente poderoso! Que cura, liberta, restaura, fortalece, consola, dá direção!
Somem ao nosso lado nestas trincheiras, para a honra do Cordeiro e vergonha do inferno!
Na Unidade da Cruz
Escritor e conferencista, Daniel Mastral publicou seu primeiro livro em 2000, intitulado Filho do Fogo – o descortinar da alta magia, que ganhou o grande público. Ganhador do Prêmio Areté pela obra Voz do que Clama no Deserto e, até o momento, escreveu mais de 14 títulos.