Onde esta seu Coração?

“Davi era homem segundo o coração de Deus. (I Samuel 13:14)”
De todos os personagens Bíblicos, Davi é o único que possuí esta referência. Ele não era um ser perfeito. Era como eu e você!

Limitado, e sujeito as mesmas fraquezas.

Embora ele tenha errado, e muito, Deus o considera segundo Sua vontade. Por quê?

Davi era humilde e sincero. Não buscava fama, dinheiro ou poder.

Só queria agradar a Deus.

Buscava em primeiro lugar; O Reino!

“Buscai em Primeiro Lugar o Reino de Deus e a Sua Justiça e Todas as Coisas vos Serão Acrescentadas”. Mt 6:33

Embora sua trajetória lhe trouxesse estas coisas (Dinheiro, fama e poder).

Como podemos decifrar onde está nosso coração?

Nossas ações revelam aquilo que está represado em nossa alma. Mesmo sem haver a necessidade de falar o que sentimos.

Através da linguagem corporal, percebemos sinais de ira, tristeza, abatimento, decepção, inveja, cobiça, desejo…

Não é assim?

Não é necessário discernimento espiritual, pois temos a capacidade intelectual de “ler” estes sinais.

Mt 6:21

“Porque onde estiver vosso tesouro, aí também está vosso coração.”

Onde temos depositado nosso coração?

Nada de errado em anelar melhorar de vida, buscar patamares mais elevados da sociedade. É fruto de estudo e esforço pessoal; Justo e digno. Pois digno é o trabalhado de seu salário. (Lucas 10:7)

Contudo, apenas ter dinheiro não nos remete a felicidade.

Quantas pessoas você conheceu, ou viu nos noticiários que, embora tivessem tudo que muitos desejam ter, não são ou não foram felizes? Muitos até mesmo tiraram suas vidas!!!

O dinheiro é fundamental para que possamos ter o essencial.

Porém, não é um fim em si mesmo. Pois, só ele, não nos proporciona a paz que transcende o entendimento.

A paz que Jesus nos prometeu (João 14:27) é algo muito especial e singular.

Paz, por definição não é necessariamente um estado de espírito.

Mas a ausência de conflitos. Esta é a paz que Jesus promete.

A tranquilidade em meio aos problemas, as dificuldades.

Pela fé, sabemos que tudo colabora para os que amam a Deus (Rm 8:28).

E nada fica fora deste tudo!

Simples assim!

Poderoso assim!

Esta é uma das razões pelas quais a “indústria da Prosperidade” não é capaz de trazer felicidade. Vendem ilusões. Deformam a Palavra.

Mas, vivemos tempos em que muitos fugirão da verdade, se curvando as fábulas, doutrinas humanas… E doutrinas satânicas.

Tudo o que foge aos preceitos divinos e carece de esteio nas escrituras sagradas, contamina a verdade. Tornando um veneno espiritual para quem as absorve. Aprisionam vidas.
Se o amor ao dinheiro é a raiz de TODOS os males… (I Tm 6:9-10)

Enfatizar somente o poder aquisitivo trará consequências danosas.

Dinheiro, como já discorri acima, é bom. Ele compra roupas que nos vestem, aquecem, calçam. Pagam estudos, proporciona termos um local para morar, nos alimentar, nosso lazer. Nada de errado nisso!
Mas ao oferecer isso de forma maciça, faz do remédio um veneno.

A diferença está na dose.

Isso nos leva a uma reflexão profunda… E talvez, perturbadora, desconcertante.
Mas, verdadeira!

A verdade é amarga, dura de encarar.

Porém o único caminho para a libertação!

Verdade que, até alguns discípulos de Jesus tiveram dificuldade em aceitar… E abandonaram o Mestre. (João 6:60)

Será que estamos libertos?

João 8:36 “Se, pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”

Muitos me escrevem dizendo que através deste ministério foram libertos. Agora conseguem enxergar o que não viam.

Entendem onde estão as astutas ciladas do diabo.

Foram libertos dos dogmas, sofismas e mentiras que traziam peso, culpa e dor.

Conheceram a verdade!

O paradoxo aqui é que antes, quando estavam no cativeiro da mentira, investiam tudo o que tinham e até o que não tinham nas campanhas.

Faziam por medo das maldições…

Faziam por desejar a prosperidade.

Faziam porque anelavam uma recompensa especial de Deus.

Faziam para serem curados, libertos!

Faziam para terem poder e autoridade espiritual.

Faziam movidos pela culpa.

Ou por medo de cair na ira de Deus!

Ou de serem atacados pelo devorador!

Não era feito por amor, gratidão.

Portanto, era mero interesse.

Os profissionais da fé farejam o ponto fraco do homem: cobiça e ganância.

Foi este o pecado de Adão.

Foi o pecado de Acã.

Foi o que levou Lucifér a queda!

Tão diferente da época em que Moisés pediu ofertas voluntárias para a construção do Tabernáculo…

O povo, movido pelo amor e gratidão ofertou tanto… Que Moisés tem que proibir ofertar mais! (Êxodo 36:5-7)

Surreal!

E o que dizer de Davi, quando levanta ofertas para o Templo?

Leia com atenção o trecho de I Crônicas 29:5-17.

A palavra voluntariamente surgirá pelo menos três vezes!

Com o tempo, gradualmente, o adversário foi corrompendo valores…

Na época de Jesus já havia comércio nos Templos. E isso com a aquiescência dos fariseus. Mercantilizar a fé já era algo natural para aquela geração.

Jesus expulsa os mercadores!

Paulo resgata os valores do amor, e ensina a investir pautado neste preceito. Leia II Cor 8:2-4 e 9:5-7.

E agora, que os que estavam cativos no Sistema contaminado, estão libertos? O que fazem?

Não há investimento… Ou, quando há é pífio. Esmola, sobra, resto.

E chamamos isso de amor ao Reino?

Amor é a mensagem central da Bíblia.

Mas, como é difícil entender e viver este amor…

Tanto que, o povo que muito foi ajudado, acolhido, amado, curado, alimentado por Jesus, pede Sua morte em Cruz.

Crucificam a Verdade, açoitam o Amor, desdenham de Deus!

A maioria daquele povo que conviveu com a expressão majoritária do amor, não foi capaz de reconhecer o amor…

Como Paulo enumera I Cor 13:13 “… permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior deles é o amor.”

Quando nos olhamos no espelho de Deus vemos que na verdade o amor tem se esfriado… (Mt 24:12)

Ainda mais em nossos tempos…

Já emoldurados por tantos sinais que abarcam exatamente as profecias.

Não investimos mais…

De ver tanto desleixo (Jr 48:10) em muitos altares decidi, em uma época fazer a diferença. Clamei a Deus pedindo uma referência, pois muitas das minhas tinham caído…

A questão não é estar em pé… Mas manter-se em pé.

Este é o maior desafio.

Até Salomão, ao deixar de vigiar, caiu.

Deus me disse para que eu fosse à referência.

Aceitei o desafio… E fundamos a Base como Igreja do MGL.

Durou por dois anos…

Publiquei esta história em “Catedral das Sombras”.

E também em um texto postado no meu site (tem que voltar alguns para trás), intitulado: “Desfibrilando”.

Imagine uma Igreja como descrita em Atos 4:32-35.

Onde todos eram um com Cristo.

Onde os líderes não eram gananciosos ou soberbos.

Onde ninguém passava por necessidades…

Onde todos se ajudavam…

Onde não havia estrelas.

Nem espetáculos.

Sem inveja, cobiça, avareza…

Claro, que Igreja perfeita, só na Glória.

Mas, podíamos tentar provar um pouco daquilo que um dia a Igreja já foi.

Tentamos…

Ensinamos a investir em amor.

Ensinamos a verdade bíblica.

Mas, ao tirar o “peso” da obrigação.

O “peso” da maldição.

O “peso” da culpa.

Deixando somente o amor… E o ato voluntário…

Ninguém mais investia.

Se hoje o salário mínimo no Brasil é de R$ 788,00 reais. Os que davam 10% dele para o sistema (às vezes 20 ou 30%). Passaram a dar de 1 a 2%!

Isso, quando davam…

Pouquíssimos entenderam a mensagem e procuraram viver o amor de fato. Mas o esforço de 5 ou 6 não era suficiente para dar manutenção aos custos da Base.

Queria tanto poder ajudar mais vidas…

Pois entendo que é papel da Igreja estender as mãos.

Ovelhas possuem direitos e deveres.

Se cumprem com seus deveres. Honrando seu líder, sendo submissa a autoridade, tendo humildade de pedir perdão quando erram, querendo aprender, buscando santidade, participando das reuniões, investindo na Obra, acatando direção dada pela liderança, etc.
Esta ovelha tem seus direitos garantidos. Se um dia ficar desempregada, por exemplo, tem o direito de ser acudida pela Igreja que tanto investiu.

Se precisar de remédios, ajuda para pagar aluguel, uma conta sujeita a corte (Luz ou água), precisa de mantimentos para sua casa, etc… Deve ser ajudada.

Procurei fazer isso por dois anos. As raras e honrosas vezes que a provisão sobrava, investíamos em vidas.

Afinal, Igreja deve somar as forças e dividir os fardos.

Não tinha eu um salário. E não raro tirava de meu bolso, da mesa de meu filho, para inteirar valores de locação do espaço. Bem como, estacionamento, combustível e pedágio para que eu pudesse estar ali.

Quase literalmente dei todo meu sangue, suor e lágrimas naquele local e em dedicação as vidas.

Mas a medida do amor não foi recíproca.

Como colher de frutos de uma árvore ou usufruir de sua sombra se não a regamos?

A árvore secou… E fechamos a Base.

Alguns ainda, imbuídos de certa arrogância hastearam a bandeira: “Mas se foi Deus que pediu para abrir, porque fechar?”

Deus mandou construir o Templo… E depois o destrói.

Sem amor… Aquilo era só um monte de pedras.

As lutas não foram travadas só neste horizonte. Quatro líderes que eu treinei, acolhi como filhos; recebi em minha casa, ajudei, ensinei… Alguns até viajaram comigo em viagens missionárias… Traíram-me ou me abandonaram.

Senti um átomo do que Paulo deve ter sentido quando escreveu o texto de II Tm 4:10-16.

Porém, a chama deste sonho ainda pulsa em meu coração…

Mantive alguns dos valores da Base ativos em nossos Cursos e Seminários.

Muitos têm somado com nossa mesa. Não há cantina.

Outros com nosso bazar, onde nada é vendido, tudo é dividido.

Dou bolsa para os que não têm condições de pagar…

Abri mão, por direção de Deus, de falar para as multidões. Ensino pequenos grupos de 50 a 100 pessoas.

Isso diminuiu muito minha receita. E as despesas aumentam.

Deus em Sua soberania e graça tem nos suprido, usando Seus Vasos de Honra. Poucos, mas que tem feito grandes diferenças.

Porém, ainda arde em coração fazer mais!

Mas, alcance é limitado. Pois soldado sozinho, não vence batalha.

Foi então que Deus nos dirigiu a outro desafio. Fazer os vídeos.

E ensinar aquilo que ensinávamos na Base.

Mensagens com conteúdo sólido, profundas.

Falando inclusive, de temas polêmicos e proibidos em muitos altares.

O que me “promoveu” a inimigo numero um do sistema contaminado.

Não somos maiores que o Mestre. Os que perseguiam a Jesus não eram os adoradores de BAAL. Mas, os fariseus. Os líderes eclesiásticos de seu tempo. Nada de novo abaixo do Sol…

Os vídeos aliados aos Cursos na Base têm libertado muitos cativos. Tem despertado os que dormem.

Tenho inclusive um grupo de estudo, minhas Ovelhas Virtuais. Cujo grupo será fechado em 300 a fim de manter o parâmetro de qualidade.

Do grupo que está mais perto, acolhido, que dou cobertura. Poucos tem nos honrado com o melhor. Em amor… A esmagadora maioria, que antes investia tanto, agora não investe nada. Sem compromisso. Afinal, o peso foi tirado…

E isso nos trás a reflexão primária: Onde está nosso coração?

Aprendemos a amar a Deus de fato?

Ou fomos apenas ensinados a simular este amor?

Faça a diferença.

Honre os que merecem honra.

Ajude os que te ajudam.

Some com aqueles que te acrescentam.

Ame os que te amam verdadeiramente.

Faça parte desta trincheira!

Ajude-nos a levar a mensagem da Cruz mais longe.

A ajudar mais vidas.

Ore, invista, interceda, divulgue…

Não vamos mudar o mundo.

Mas, podemos mudar o mundo a nossa volta.

Com nossos talentos, recursos, orações…

Onde está seu coração?

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